Conselho de Dallas rejeita cooperação ampliada com ICE

Comitê do Conselho Municipal rejeitou proposta que ampliaria atuação da polícia local de Dallas em ações como agentes de imigração

Dallas, Texas — A cidade de Dallas decidiu, em novembro de 2025, não adotar o controverso programa U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) denominado Section 287(g) of the Immigration and Nationality Act — que permitiria que agentes da Dallas Police Department (DPD) atuassem como agentes de imigração — após rejeição unânime de um comitê do conselho municipal que avaliava a proposta. 

O que era a proposta

O ICE ofereceu à cidade US$ 25 milhões como incentivo para que policiais locais fossem “deputizados” — ou seja, autorizados a conduzir operações de controle migratório, identificar status imigratório de pessoas durante abordagens, deter e encaminhar para processos de deportação. 

Além do financiamento, o programa modificado (o chamado “task force mode”) exigiria que os agentes participassem de treinamentos específicos e que, segundo algumas fontes, a adesão viria com metas de prisões — fato que gerou polêmica. 

Por que a cidade disse “não”

• O chefe da DPD, Daniel Comeaux, justificou a recusa alegando que a adesão desviaria policiais de tarefas essenciais, como atendimento a chamadas de emergência (911), num momento em que os tempos de resposta têm melhorado, embora ainda estejam longe da meta. “Não vejo valor algum em nos envolvermos com esse programa,” afirmou.
• Outro argumento: a participação poderia minar a confiança entre a polícia e comunidades, especialmente imigrantes. Muitos moradores expressaram temor de que a polícia deixasse de ser vista como “serviço comunitário” para se tornar braço de deportações — o que, para críticos, comprometeria cooperação em investigações e segurança pública a longo prazo.
• Do ponto de vista financeiro, houve dúvidas sobre os cálculos: nem sempre a compensação cobriria todos os custos envolvidos — inclusive horas extras ou o impacto no efetivo disponível para patrulhas.

A reação política e comunitária

A recusa foi estampada após uma audiência pública de quase seis horas, com participação de agentes do ICE, do chefe de polícia e de dezenas de cidadãos. Entre os 74 oradores inscritos, a grande maioria se manifestou contra a proposta — usando termos como “perfilamento racial”, “medo” e “violação de direitos”. 

Mesmo com o pedido do Eric Johnson — prefeito de Dallas — para que o conselho reconsiderasse a oferta, a votação conjunta dos comitês de Segurança Pública e Eficiência do Governo decidiu pelo arquivamento da proposta “indefinidamente”. 

O que isso significa para Dallas

Com a decisão, a DPD permanece como força policial local, sem incorporar funções federais de imigração. Para muitos na cidade, a rejeição representa uma defesa da confiança comunitária, da atuação policial focada em segurança pública local e do respeito aos direitos civis.

Além disso, a movimentação expõe o peso de debates sobre imigração, federalismo e segurança pública em grandes cidades dos EUA — onde perguntas sobre “quem deve fazer o quê” ganham força num contexto de políticas migratórias tensas.

Se quiser, posso preparar uma versão mais longa dessa matéria — com depoimentos, dados demográficos da população de imigrantes em Dallas e contexto histórico do programa 287(g) nos EUA.

Dallas

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