Operação conjunta eleva tensões no Oriente Médio e acende debate sobre poderes executivos
Na noite de sábado, 21 de junho de 2025, os Estados Unidos se uniram a Israel para lançar um ataque militar contra três instalações nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Isfahan. O presidente Trump afirmou que o impacto foi “completamente e totalmente obliterado” e chamou a missão de um “espetacular sucesso militar”.
O ataque contou com bombardeios de caças B‑2 e o lançamento de mísseis Tomahawk a partir de submarinos, incluindo bombas “bunker-buster” de 30.000 libras sobre o complexo de Fordow, soterrado sob uma montanha. Israel iniciou seu ataque dias antes, concentrando-se na infraestrutura de defesa iraniana.
Reações imediatas
- Trump e aliados republicanos celebraram o ataque como uma ação decisiva para bloquear o programa nuclear do Irã. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, reforçou que houve “notificação ao Congresso dentro do prazo” conforme previsto no War Powers Act.
- Democratas e conservadores constitucionais reagiram com críticas duras. O senador Bernie Sanders, a deputada Alexandria Ocasio-Cortez e o senador Tim Kaine chamaram a ação de “não constitucional” e defendem que o Congresso deveria aprovar uma resolução antes de seguir com operações militares.
Escalada e tensão global
O Irã protestou veementemente, denunciando o golpe como “violação grave do direito internacional” e colocou suas forças armadas em alerta. A nação ameaçou fechar o Estreito de Hormuz, ponto essencial para o comércio mundial de petróleo.
A comunidade internacional, incluindo ONU, UE, China e Rússia, pediu moderação. Alguns países, como Austrália, expressaram apoio cauteloso ao ataque, citando falhas iranianas em cumprir normas do AIEA.
Contexto e consequências
- A operação — chamada de “Operation Midnight Hammer” — envolveu 125 aeronaves e 75 munições guiadas, destacando a coordenação norte-americano-israelense.
- Apesar da destruição significativa dos alvos, o Irã afirmou que não sofreu vazamento radioativo e garante que seguirá com suas atividades nucleares.
- Trump também mencionou a possibilidade de mudança de regime em Teerã se o país não aceitar negociar — tema que reacendeu discussões diplomáticas.
Debate sobre legalidade
A tramitação do War Powers Act está em destaque. Embora a administração afirme ter cumprido os prazos de notificação, muitos questionam se ataques sem o aval do Congresso são constitucionais. Documentos de PolitiFact mostram que Trump agiu dentro do texto da lei, mas partes afirmam que a omissão do Congresso é preocupante.
Esse ataque conjunto marca um ponto de inflexão na política do Oriente Médio. As posições americana e israelense deixaram claro que exigem que o Irã “faça a paz ou enfrente consequências maiores”. Resta agora observar se o Congresso intervirá e como o Irã responderá aos novos ventos de tensão global.

