Juneteenth marca o fim da escravidão no país desde 1865, com raízes profundas na resistência e cultura afro-americana
Juneteenth, celebrado todo dia 19 de junho, comemora a libertação dos últimos escravizados nos EUA, ocorrida em Galveston, Texas. Embora a Proclamação da Emancipação tenha sido assinada em 1863, a falta de tropas propiciou a continuidade da escravidão até 1865. Foi apenas quando o general Gordon Granger chegou, em 19 de junho, que os oficiais federais anunciaram a liberdade no Texas – evento registrado como a “Order No. 3”.
Os primeiros relatos do fim da escravidão espalharam-se rapidamente com panfletos e jornais – as chamadas “handbills”. Em 1866, a comunidade já se reunia com paradas, refeições e homenagens que misturavam alegria e lembrança da luta.
Durante o final do século XIX e início do XX, o Juneteenth virou parte central da cultura afro-americana no Texas. A partir de 1872, em Houston, comunidades compraram terrenos para criar o Emancipation Park e institucionalizar as festividades. O estado do Texas oficializou o feriado em 1980, influenciado por líderes como Al Edwards. Em 2021, o Congresso elevou Juneteenth ao status de feriado federal.
Essa data representa muito mais que a conquista da liberdade: simboliza a resiliência, a resistência e a persistência cultural dos afro-americanos. Histórias da região de Dallas, como as lembranças sobre os eventos em Galveston, revelam o poder da comunidade em manter viva essa memória.
Hoje, o Juneteenth inspira diversos eventos no norte do Texas, incluindo debates, homenagens e celebrações com música, comida típica e referências culturais. Além disso, a data acende reflexões sobre igualdade, educação da história real da escravidão e a luta contínua por justiça.
O Juneteenth nasceu como um momento de liberdade tardia e se tornou um símbolo nacional. Ele nos lembra que a luta por verdadeira liberdade e inclusão segue, convidando pessoas de todas as origens a refletir sobre nosso passado e construir um futuro mais justo.

